Favoritos nas duplas do tênis

O tênis é um dos esportes que mais causam surpresas nos Jogos Olímpicos. Isso porque os jogadores não se preparam especificamente para o evento e ficam o ano inteiro focados em torneios Grand Slams e Master Series. Por isso, o suiço Roger Federer ainda não tem uma medalha olímpica.

Quadro de 2004 Aposta para 2008

Chile 2 - 1 EUA 2 - -

Bélgica 1 - - Sérvia 1 1 1

China 1 - - Suiça 1 - -

Alemanha - 1 - Israel - 1 -

Espanha - 1 - Espanha - 1 -

EUA - 1 - Ucrânia - 1 -

França - 1 - Rússia - - 2

Argentina - - 1 Rep. Tcheca - - 1

Austrália - - 1

Croácia - - 1

O torneio de duplas do tênis é um caso a parte. São 32 duplas em cada uma das chaves e a maioria dos atletas que disputarão são especialistas em simples. Ninguém sabe ainda oficialmente qual é o critério para definição das duplas, mas aparentemente é o seguite:

Os 10 primeiros colocados do ranking individual de duplas tem o direito de escolher um parceiro de seu país e entrar na chave. Os 56 tenistas da chave individual poderão fazer duplas entre si nos países classificados, por exemplo: Rafael Nadal, número 2 do mundo no individual, poderá fazer dupla com David Ferrer, que alcançará a quarta posição depois de Winbledon.

Pelo ranking da Atp, são 21 as duplas que seriam formadas entre os atletas de simples no masculino, o que faria com que sobrassem 11 para serem escolhidas pela entidade superior do tênis. Destas 11, oito seriam dos melhores colocados do ranking individual, o que faria sobrar três para a ATP decidir. Uma destas três provavelmente seria André Sá e Marcelo Melo, que no instante estão na 9ª posição do ranking de duplas, apenas atrás de atletas já classificados pelas olimpíadas. Confuso não? Nem os próprios jogadores entendem esses critérios.

Apesar de tudo, os torneios de duplas tem seus favoritos em Pequim. Entre os homens, os irmãos gêmeos Bob e Mike Bryan são os favoritos para levar o ouro para a terra do Tio Sam.

Líderes disparados da corrida dos campeões e que dividem a liderança do ranking individual de duplas, os americanos chegaram na final de sete dos nove master series dos últimos 365 dias, além de terem sido vice campeões em Winbledon ano passado e chegado até as quartas de finais de Roland Garros e do Australian Open.

Os maiores adversários dos irmãos devem ser os israelenses Jonathan Erlich e Andy Ram, que estão na terceira posição no ranking de duplas. No ranking individual eles estão empatados na quarta posição, com os títulos do Australian Open, Master Series de Indian Wells e de Cincinatti além das oitavas de finais em Roland Garros e do US Open.

Os sul-africanos Jeff Coetzee e Wesley Moodie formam outra dupla vencedora do circuito. No ranking de duplas estão na quinta posição e estão em 17º e 24º respectivamente no individual. Foram semi finalistas no Aberto da Austrália e nos Master Series de Miame e Indian Wells, tendo vencido três ATPs no último ano.

Os poloneses Mariusz Fyrstenberg e Marcin Matkowski são sexto colocados no ranking de duplas e dividem a 19ª posição no ranking individual. Venceram juntos três ATPs, além de terem chegado na final do Master Series de Madrid. Podem surpreender, mas não são favoritos, assim como os tchecos Lukas Dlouhy e Martin Damm , que são a oitava dupla do mundo, e tem a regularidade como maior trunfo: Chegaram às quartas de finais em Wimbledon, Australian Open, além das semi finais dos master Series de Cincinatti e Miame e na Copa do Mundo de Duplas, ano passado. Os brasileiros André Sá e Marcelo Melo, que vem conseguindo excelentes resultados, estão em nono lugar mas ainda não garantiram lugar em Pequim. Se garantirem, darão trabalho.

A competição de duplas tem as citadas acima como as mais entrosadas do circuito, pois jogam juntos constantemente e abriram mão do individual. Porém, existirão outros dois tipos de duplas na competição: Os que estão na frente no ranking individual de duplas, mas conquistaram a maioria de seus pontos com parceiros estrangeiros, e os que são os melhores no individual e tentarão a sorte em duplas. Nos Jogos de Atenas, venceu a segunda opção, com os chilenos Fernando González e Nicolas Massu, respectivamente 89 e 68 do ranking de duplas, vencendo a competição, formando a dupla que jogava na Copa Davis pelo país mas pouco no circuito mundial. Veremos o que irá acontecer em Pequim.

O canadense Daniel Nestor é o terceiro do ranking individual de duplas e formará par com Frank Dancevic, que sequer está entre os 200 melhores duplistas do mundo. Claro que a experiência de Nestor pode contar, mas dificilmente eles conseguirão ir longe. Outro duplista que está orfão de par é o atleta de Bahamas Mark konowes, quinto do mundo, que provavelmente jogará ao lado do número 815 do mundo, Bjorn Munrue.

Uma dupla que provavelmente será formada é a dos suiços Roger Federer e de Stanislas Wawrinka, nono do mundo, e que apesar de inexperientes em duplas jogam muito individualmente. Rafael Nadal e David Ferrer poderão formas outra dupla, de especialistas no saibro, mas que pode dar trabalho em Pequim. Estas duplas são especulações, já que os tenistas não confirmaram presença na competição de duplas...Mas caso confirmem iriam das trabalho.

Aposta

Bob e Myke Bryan(EUA) - Ouro

Jonathan Erlich e Andy Ram (ISR) - Prata

Lukas Dlouhy e Martin Damm (RTC) - Bronze

Dentre as mulheres, poucas são as especialistas em duplas e menos ainda as que tem parceiras do mesmo país. As atletas de Taipei Chia Jung Juang e Yung Jan Tchan estão empatadas na sétima posição no ranking individual de duplas e são as mais entrosadas que estarão em Pequim.

As irmãs Williams não vem participando de muitos torneios ultimamente juntas, mas devem formar uma das duplas norte americanas na competição. Campeãs olímpicas de 2000, elas são fortes candidatas para medalha novamente.

As ucranianas Ana e Kateryna Badarenko não se encontram entre as 20 melhores no ranking de simples da WTA mas se destacam nas duplas e juntas conquistaram o Australian Open desse ano, em piso semelhante ao de Pequim.

As espanholas Anabel Rodrigues e Virginia Pascoal jogam constantemente juntas, estão entre as 10 melhores no ranking de duplas da WTA, venceram juntas Roland Garros, mas como são especialistas em saibro talvez não consigam um grande resultado na China.

As chinesas, com Zi Yan e Jie Zheng tentam algum bom resultado, já que estão entre as melhores duplistas do mundo, vencendo alguns WTAs. Pelo ranking, a República Tcheca também garantiu uma vaga, com Vladimira Uhlirova e Kveta Peschke, que estão entre as melhores duplas do mundo.

Ainda é difícil saber quais serão as duplas russas e sérvias no torneio. Os dois países dividem as 5 primeiras posições do ranking de simples e, mesmo sem serem especialistas em duplas, têm grande potencial para medalha. Ana Ivonavic e Jelena Jankovic deverão fazer uma dupla, mesmo sem nunca terem jogados juntas, a não ser na Federation Cup, a Copa Davis feminina.

A Rússia poderá jogar com Maria Sharapova e Svetlana Kuznetsova, que já ganharam alguns títulos de duplas, mas nunca juntas. Há também a possibilidade de Dinara Safina, nona no ranking de duplas, entrar em Pequim e fazer dupla com uma das duas. Ainda está tudo aberto, mas dá para imaginar os favoritos...

Aposta

Venus e Serena Williams (EUA) - Ouro

Ana e Kateryna Badarenko (UCR)- Prata

Maria Sharapova e Svetlana Kuznetsova (RUS)- Bronze