segunda-feira, 7 de abril de 2008

Hipismo Saltos

Os alemães são favoritos em quatro das seis provas de hipismo, assim como era em 2004 quando ganhou "apenas" dois ouros, e chegam a Pequim com chances reais de levar 8 das 9 medalhas possíveis para um país no hipismo. Na história dos Jogos, os germânicos 24 títulos, 8 a mais que os suecos, seus adversários mais próximos.
Os suecos chegam a Pequim como favorito apenas na prova por equipes dos saltos, uma das mais difíceis de se prever. Isso mostra a queda de rendimento do país que já levou 40 medalha na história dos Jogos.
O Brasil pode, claro, conquistar medalhas no saltos, mas não chega como favorito principalmente pelo fato de não mandar Rodrigo Pessoa ao mundial de 2006, quando ficou apenas em 10º por equipes.
Os britânicos são favoritos ao bi no individual do CCE, mas agora com outro nome. Ao invés de Leslie Law, Zara Philips é a favorita. Devem repetir um ouro alcançado em 2004, mas pode cair em número de medalhas, já que é bi prata no CCE e teve outro bronze no individual.
A briga pela liderança do quadro geral de medalhas, o hipismo pouco interfirá, já que dificilmente americanos conquistarão medalha de ouro enquanto os chineses serão meros figurantes na disputa. Os yankees devem garimpar pratas e bronzes, mas nenhum ouro. Como sempre, o hipismo deverá ser dominado pelos europeus, que levaram 98 dos 127 entregues na história dos Jogos.

Quadro de medalhas de 2004 Aposta de 2008 do blog
Alemanha 2ouros 1 prata 1 bronze Alemanha 4 ouros 3 pratas 1 bronzes
Grã Bretanha 1 1 1 Holanda 1 2 -
Brasil 1 - - Grã Bretanha- 1 -
França 1 - - EUA 1 - 3
Holanda 1 - - Belgica - - 1
EUA - 3 2 Suécia - - 1
Espanha - 1 1
Suécia - - 1



O hipismo saltos é a mais tradicional das competições da equitação dos Jogos Olímpicos. A prova individual foi disputada logo nos Jogos de 1900 e a competição por equipes entrou no programa olímpico em 1912, assim como o resto das disputas do hipismo.

A Alemanha domina completamente o cenário por equipes nos últimos anos, chegando a Pequim para conquistar o tetra campeonato olímpico. Porém, a competição por equipes é imprevísivel, colocando 8 ou até 10 equipes como postulantes ao pódio.

Os alemães, encabeçados por Judher e Michael Berbaum estão um degrau acima dos outros apesar de terem perdido o campeonato europeu de 2007 e o mundial de 2006 para os holandeses que estão cada vez crescendo mais e chegarão a Pequim amadurecidos para a primeira medalha olímpica por equipes do país nos saltos. O time terá Albert Zoer, quinto no ranking mundial como principal atleta enquanto os alemães tem seus quatro cavaleiros classificados para Pequim entre os 10 primeiros do ranking mundial.

No mundial de 2006, aliás, os alemães perderam também a prata para os EUA, por menos de meio ponto. O que mostra que o ranking mundial não importa tanto para países de fora da Europa, como Brasil Canadá e EUA, que pouco disputam as copas do mundo e têm menos chances de pontuar.
Além dos três medalhistas no mundial, os ucranianos , que não foram bem no europeu, podem surpreender em Pequim roubando um lugar no pódio dos países favoritos.


Os suecos, bronze em 2004, ficaram em quarto no europeu e apenas na 12ª posição no mundial, o que mostra a inconstância da equipe mas com Rolf Bentson na equipe tudo é possível.
Os britânicos, bronze no europeu de 2007, brigarão por fora pela medalha, depois de não terem ido bem no mundial. A família Whitaker provavelmente terá três represantes na equipe, John, Robert e Michael, e estes estão entre os 20 cavaleiros do mundo.

O Canadá, com o incrível Eir Lamaze, que foi ouro no Pan, também terá chances reais de medalha, provando que das 16 equipes presentes, metade delas podem brigar pelos três primeiros lugares. Ian Miller, campeão olímpico de 2000, fará parte da fortíssima equipe do país.
O Brasil talvez seja a maior incógnita do torneio por equipes. Como poucos cavaleiros brasileiros competem na Europa, o país pode conseguir uma medalha como fez nas olimpíadas de 2000 e 1996, como pode ficar apenas na décima posição, como ocorreu em Atenas 2004. Com o astro Rodrigo Pessoa, campeão mundial, tri da copa do mundo e atual medalha de ouro olímpico, os tupiniquins podem beliscar uma medalha.
A prova por equipes, é uma caixinha de surpresa, pois qualquer erro no hipismo tira 4 pontos, e até mesmo o melhor do mundo está sujeiro a grandes sustos(Vide o refugo que o cavalo de Rodrigo Pessoa deu em 2000, tirando o ouro do brasileiro no individual)

As chances do Brasil: http://brasilempequim2008.blogspot.com/2008/03/tudo-embolado-no-hipismo-saltos.html


Aposta
Alemanha- Ouro
Holanda- Prata
Suécia- Bronze

NOS JOGOS OLÍMPICOS
os Estados Unidos confirmarem o título olímpico por equipes, com Canadá em segundo e Noruega em terceiro. A vitória foi apenas no desempate, depois dos dois primeiros países empatarem em 20 pontos perdidos.
Ian Miler, em sua nona olimpíada pelo Canadá, conquistou sua primeira medalha olímpica.
Os alemães não saltaram bem, assim como na prova individual, e ficou fora da briga por medalhas, na sétima posição. Os suecos ficaram uma posição atrás.

O individual, obviamente, tem uma concorrência pela medalha muito maior, já que serão 75 conjuntos contra apenas 16 equipes( 15 caso a China consiga classificação pelo pré olímpico). Porém, os canditados á medalha são mais restritos no individual que por equipes.

O alemão Ludger Beerbaum e a alemã Michael Beerbaum são os dois grandes favoritos ao título. Ludger está desde 2000 entre os melhores mas nunca conseguiu uma medalha olímpica, ficando fora dos oito primeiros em 2000 e em 18º nos Jogos passados. Agora, em Pequim, ele tentará a dobradinha que Ulrich Kirchoff fez em 1996, quando foi campeão por equipes e individual.

Michael não disputou os Jogos de Atenas mas mesmo assim chega á Pequim como um dos favoritos. Ele foi campeão europeu da prova em 2007 perdendo apenas 1.54 pontos em três passagens e foi medalha de bronze no mundial de 2006. Ludger foi medalha de bronze com 5.11 pontos perdidos e hoje é o líder do ranking mundial, depois da quinta posição no mundial de 2006. Entre eles ficou o belga Jos Lansick, que acabou como campeão mundial em 2006 zerando todas suas passagens.

Quem foi prata no mundial foi o americano Beezen Meiden, que ainda não tem seu nome garantido na equipe americana que irá a Pequim.
Albert Zoer, atleta no qual a Holanda deposita sua maior chance, foi mal no mundial e não ficou entre os 20 melhores, mas o quarto colocado do campeonato europeu de 2007 tem chances reais de pódio em 2008. Já Ian Millar não está tão bem, mas como foi campeão olímpico de 2000, tem tudo para chegar em Pequim bem e com chances, apesar de não ser favorito, de conseguir a medalha.

O campeão olímpico da prova, Rodrigo Pessoa não tem competido muito na Europa, não disputou o mundial de 2006 e se encontra apenas em 66º no ranking. Porém, ninguém pode duvidar dele depois do histórico ouro de 2004, que fez o Brasil esquecer a refugada de Boulubet Du Ruet em 2000. O atleta que havia ficado com ouro em 2004 e depois teve a medalha retirada por seu cavalo ter sido pego no exame antidopping, Cian O'Connor da Irlanda, tem poucas chances de se garantir nos Jogos, já que está apenas em 91º no ranking, quinto de seu país.

Chances do Brasil: http://brasilempequim2008.blogspot.com/2008/03/rumo-ao-bi-campeonato.html

Aposta
Ludger Beerbaum (ALE) Ouro
Meredith Michael Beerbaum (ALE) Prata
Jos Lansick (BEL) Bronze

A final foi dividida em duas etapas. A última, mais difícil, definiria o pódio olímpico. O primeiro a zerar na decisão foi o alemão Ludger Beerbaum. Mais tarde, Meredith Michaels-Beerbaum, outro conjunto alemão, também não cometeu erros e ficou como líder. Rodrigo Pessoa entrou na pista e saltou bem com Rufus no segundo percurso. Ele fez o tempo de 77s58 e permaneceu apenas com os quatro pontos da primeira etapa da final, empatando com os alemães.
o sueco Rolf-Goran Bengtsson não sentiu a parada, saltou logo em seguida e tirou a chance da repetição do ouro de Pessoa. Ele zerou o seu percurso e, como tinha zerado na primeira etapa, se encaminhou para o pódio. O mesmo fez Eric Lamaze, do Canadá, que decidiu o ouro em um desempate contra o europeu. Lamaze, acabou com ouro depois de fazer em menos tempo a disputa com Bengtsson.
Bezzie Meden, dos EUA, acabou bom o bronze. Meredith Michael Beerbaum ficou em quarto, Rodrigo Pessoa, que depois seria pego no dopping, foi quinto. Ludger Berbaum ficou em sétimo. Jos Lansick foi décimo.

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