domingo, 13 de abril de 2008

A maior final olímpica

Hoje o blog tras mais uma história olímpica. E desta vez uma das mais polêmicas e confusas de todos os tempos, na final do basquete masculino dos Jogos Olímpicos de 1972. Depois de sete títulos seguidos, os americanos não se preocuparam em levar para Munique, em 1972, seu melhor time. De toda forma, foi da mais injusta forma que perderam a medalha de ouro olímpica num dos episódios mais polêmicos da história olímpica.

Os americanos passaram por oito participantes até chegar a grande final, levando apenas 44 pontos por partida na média. Num jogo bastente equilibrado e com poucas cestas, os segundos derradeiros chegaram e a partida estava 49×48 para os soviéticos. A posse de bola era soviética, mas Sasha Belov entregou a bola nas mãos do americano Doug Collins, que no contra ataque conseguiu levar a falta, convertando seus dois lances livres, deixando os yankees na frente por 50×49.

A URSS repôs a bola em jogo, mas não conseguiu reagir, pelo contrário, perdeu a bola com um segundo de cronômetro, deixando os americanos a desdendarem na festa. A partir daí, surgiram diversos episódios até hoje mal explicados que deixaram os americanos com a prata. Na mesa de cronometragem, o técnico russo Kondrashin gritava com os chefes da cronômetragens e o árbitro, o brasileiro Renato Righetto, que com um auxílio de um intérprete conseguiu passar a mensagem de que havia pedido um tempo depois dos arremessos livres do norte americano, no fim da partida.


Quando Renato havia dado como certa a vitória soviética, a Federação Internacional de Basquete interveio determinando que o relógio voltasse para os 3s após a queda da cesta americana e que o jogo seguisse daí. Obviamente, como sabiamente disse Silvio Lancelotti em seu livro “Olimpíadas 100 anos”, a autoridade da FIBA se circunscrevia ás questões extra quadra. Com a nova cronometragem no placar, os soviéticos tiveram a chance de virar a final olímpica. Nem o lance mais ensaiado daria certo em tal circunstância. Mas deu certo. Edeshko fez um lançamento incrível nas mãos de Belov, que teve 1s para penetrar na defesa americana e jogar a bola na tabela. A pelota rodopiou o aro e caiu, dando vitória aos vermelhos.


Anos depois, muitos especialistas ainda discordam sobre essa final. Uns dizem que o britânico, presidente da FIBA, Willian Jones deu as cartas mandando voltar a bola soviética apenas para se eternizar no cargo, consegundo apoio dos soviéticos e de seus satélites. Os norte americanos sequer foram á entrega de medalhas, e estas estão guardadas num cofre na sede da FIBA.Outros especialistas dizem que no último segundo, Belov cometeu uma falta ao infiltrar-se no garrafão americano. Mas que juiz marcaria uma falta nessas circunstâncias, depois do presidente da FIBA praticamente invadir a quadra, que daria a falta?


Aos jogos de 76, os americanos estavam prontos para vingar-se dos soviéticos, mas uma zebra nas semi finais, a Iuguslávia, eliminou a equipe campeã em 72 dos Jogos, fazendo uma fria final entre Iuguslavos e americanos.

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